1. A exclusão social, tal como a violência doméstica,
constitui um fenómeno complexo e multifacetado, que inquieta as
instituições sociais e políticas. Sem serem fenómenos novos,
assumem, nos nossos dias, características distintas das
existentes na sociedade tradicional. Nesta sociedade, "a
maioria da população encontrava-se imersa na pobreza... e a
vida não oferecia alternativas" (Fernandes, 1991). Nas
sociedades modernas, ela deixou de afectar a maioria dos
indivíduos, passando a ser encarada não apenas como um estado
que afecta uma pessoa e/ou família com carências ao nível dos
meios materiais básicos de subsistência, mas corresponde,
igualmente, a um estatuto social particular, inferior e
socialmente desvalorizado, marcando profundamente a identidade
daqueles que a experienciam (Paugam, 1991). De fenómeno
generalizado nas sociedades tradicionais, passou a afectar, nas
sociedades modernas, sectores específicos da população, em
particular, aquela que se mantém à margem do progresso
económico e da "partilha dos benefícios" (Paugam,
1996). Naquelas sociedades "nascia-se pobre e morria-se
pobre" e esta condição era aceite com resignação. Nas
nossas sociedades o crescimento económico e o acesso a melhores
condições de vida tornou-se numa aspiração generalizada às
diversas classes sociais e, em particular, àquelas que até
então (proletariado), "proporcionaram aos ricos a sua
abundância" (Fernandes, 1991).
2. Tal como o conceito de violência doméstica, a noção de
pobreza é susceptível de gerar alguns equívocos. A pobreza
constitui uma dimensão ou forma de exclusão social sem, no
entanto, se confundir com aquela. "A pobreza é entendida
como exclusão dos estilos de vida correntes e aceitáveis na
sociedade", mas também como uma forma de "privação
dos direitos de cidadania" (Fernandes, 1991). Existem
inúmeras formas de exclusão que não estão associadas a
situações de pobreza propriamente ditas (por exemplo, os
menores em risco, os delinquentes, os toxicodependentes, os
doentes mentais, os alcoólicos e outros grupos vulneráveis cuja
integração social é muito precária). Definir um limiar a
partir do qual as necessidades básicas de um indivíduo ou
família estão ameaçadas torna-se difícil, até porque os seus
critérios de definição variam de acordo com condições
históricas e culturais próprias de cada sociedade. Por esta
razão, é comum na literatura sociológica sobre o tema
recorrer-se à distinção entre o conceito de pobreza absoluta e
pobreza relativa. O primeiro diz respeito à falta de rendimentos
para assegurar as necessidades de subsistência, ou seja, à
incapacidade dos indivíduos e as famílias assegurarem as suas
necessidades básicas (Fernandes, 1991; Costa e Silva, 1985;
Paugam, 1991), tentando-se, por esta via, definir cientificamente
uma linha de pobreza. O segundo, refere-se aos padrões de vida,
hábitos e actividades específicas de uma sociedade e dos quais
um conjunto de indivíduos/famílias se encontram privados. Aqui,
a ideia dominante é a da exclusão dos níveis de vida
socialmente definidos e reconhecidos como "normais". A
noção de pobreza subjectiva traduz a avaliação que cada um
faz do grau de (in)satisfação das suas necessidades (Costa,
1984). Assenta, pois, na percepção pessoal, familiar ou de
grupo face às situações concretas de existência (Baptista e
Outros 1995). Todas estas noções não se excluem mutuamente,
pelo contrário, podem coexistir num mesmo indivíduo e família.
Duma abordagem estática da pobreza fundada numa perspectiva
monetária/economicista passou-se, então, a uma definição
dinâmica e multidimensional. O próprio conceito de exclusão
passou a centrar-se na existência de processos que conduzem a
situações extremas, ou seja, que conduzem da precaridade à
exclusão no sentido da acumulação de "handicaps" e
duma ruptura progressiva dos laços sociais. A exclusão social
constitui um processo que afecta cada vez mais pessoas e se
propaga por todos os meios sociais. Hoje, nenhuma família,
incluindo as dos meios sociais e economicamente favorecidos, pode
assegurar que um dos seus filhos não será um dia um jovem
delinquente ou um toxicodependente. A riqueza desta noção
reside, precisamente, na heterogeneidade de situações que cobre
bem como no seu carácter evolutivo. A exclusão corresponde,
assim, a um processo que pode tocar de forma temporária ou
durável vários tipos de população: os jovens analfabetos e os
que abandonam precocemente o sistema escolar, os deficientes, os
desempregados de longa duração, os imigrantes, as minorias
étnicas, as pessoas que passaram por rupturas conjugais, os
idosos, os reformados, etc. (Paugam, 1996). O sucesso desta
noção está em grande parte ligado à tomada de consciência
colectiva da "ameaça" que pesa sobre estas franjas da
população cada vez mais desprotegidas. De objecto de estudo
transversal a vários campos disciplinares, a exclusão social
tornou-se numa categoria de acção pública com um estatuto
relevante.
Também o conceito de violência doméstica tem vindo a conhecer
uma certa evolução e expansão. O seu campo conceptual cada vez
mais abrange situações e comportamentos que outrora não eram
considerados violentos (Lourenço e Lisboa, 1992),
"evidenciando a passagem duma sociedade selvagem e
sanguinária a uma sociedade onde os atentados à integridade do
corpo se tornaram mais insuportáveis" (Pais, 1996).
Actualmente, este conceito integra desde a agressão física,
emocional, psicológica, simbólica, sexual (Coimbra e Outros
1990), até à violência situada numa perspectiva macrossocial e
que é experimentada pelas dificuldades de acesso à saúde, ao
emprego, à educação e à cultura (Dias, 1996). Estas
dificuldades, que muitas vezes se traduzem em privações
concretas, não deixam de ser formas de exclusão social.
3. A violência doméstica é um fenómeno tão antigo como a
pobreza, no entanto, é recente o seu reconhecimento como um
problema social. Na presente comunicação pretende-se
problematizar a relação provável existente entre exclusão
social e violência doméstica. Apesar das suas especificidades,
ambos os fenómenos partilham algumas características gerais que
os podem fazer andar associados:
- ambos constituem fenómenos sociais cujas causas podem,
também, mas não exclusivamente, ser procuradas nos princípios
de funcionamento das sociedades modernas (por exemplo, a
urbanização acelerada e desordenada geradora de segregações
sociais, espaciais e raciais; a violência difusa da televisão;
a uniformização e inadaptação do sistema escolar; a
desigualdade de rendimentos e de acesso aos bens, aos serviços,
aos equipamentos colectivos e à instrução; o desenraizamento
provocado pela mobilidade profissional e a maior distância entre
as gerações; o crescimento do desemprego e das taxas de
criminalidade; a inadequação dos serviços de apoio e
protecção social; a existência de economias informais, etc.).
- ambos não constituem um fenómeno marginal que apenas afecta
uma franja dos sub-proletários ou das famílias com fracos
recursos económicos e culturais. Tratam-se de fenómenos
transversais no sentido em que podem ser extensivos a famílias
de diferentes meios e classes sociais.
A exclusão constitui um processo em curso que se propaga, tal
como "um cancro" (Paugam, 1996) por todos os meios
sociais. Independentemente da sua condição social, económica
ou mesmo religiosa, nenhuma família, hoje, pode ter a certeza de
que estará imune a este problema social. A falência do
Estado-Providência (que em Portugal nunca se constituiu
realmente) (Almeida e Outros, 1994) e dos mecanismos de
protecção social tendem a reforçar este sentimento de
insegurança face ao futuro. A "nova pobreza" constitui
disto um exemplo. Enquanto nas décadas passadas a preocupação
incidia sobre os grupos marginais considerados inadaptados ao
progresso, os "novos pobres" são classes da
população adaptadas à sociedade moderna mas que são vítimas
da conjuntura económica e da crise de emprego (Paugam, 1996).
Tratam-se, aqui, de pessoas "que não possuem níveis
suficientes de posse, de capital material e de capital humano e,
por isso, são objecto de exclusão social" (Fernandes,
1991).
Hoje, quem tem emprego não se preocupa tanto com uma hipotética
relação de dominação do trabalho, mas com um conjunto de
situações incertas que se traduzem por uma angústia individual
face ao risco de desemprego, por uma fraca implicação na vida
colectiva da empresa, por uma perda progressiva da sua identidade
profissional e, sobretudo, pela possibilidade de vir a engrossar
as "fileiras" dos excluídos. E, aqui, a pobreza, em
particular daqueles que nunca a experimentaram, "aparece
como um símbolo de fracasso ou de insucesso" (Fernandes,
1991).
Também, a violência doméstica conhece uma certa
transversalidade. Apesar de ser um fenómeno mais visível nas
classes com fracos recursos económicos e culturais ela existe,
igualmente, nas classes médias e altas, apesar destas defenderem
com mais afinco a sua privacidade. Num estudo recente, sobre os
Maus Tratos às Crianças em Portugal (Almeida e Outros, 1997),
as autoras observaram uma representação significativa de
adultos masculinos prepetores do mau trato com profissões
qualificadas (técnico superior e médio, pequeno comerciante,
empregado dos serviços e do comércio). De facto, nenhuma
família está isenta de violência, a diferença reside na
tipologia dos comportamentos violentos, no seu carácter mais
concentrado ou mais difuso, na sua maior ou menor visibilidade e
na capacidade de permanência ou efemeridade (Fernandes, 1994).
- actualmente, também, é maior a intolerância social face a
ambos os fenómenos. O que na sociedade tradicional se aceitava
passivamente, ou seja, ser pobre era um estado natural, e ser
violento para com os membros da família, em particular com a
mulher e os filhos, um direito socialmente reconhecido é, hoje,
intolerável nas sociedades modernas e democráticas. Nestas
sociedades, faz-se a apologia da liberdade, da igualdade, da
autonomia, da realização pessoal e familiar. Neste quadro, a
exclusão social e a violência doméstica transformaram-se em
realidades embaraçosas e que suscitam, da parte dos poderes
públicos, estratégias de prevenção com vista ao seu combate.
- associada a esta crescente intolerância face à exclusão
social e à violência doméstica está, também, o facto de
ambos os fenómenos se terem transformado, nas nossas sociedades,
em objectos mediáticos e de acção política. A denúncia, por
vezes excessivamente sensacionalista, de certos grupos sociais,
que vivem desfasados do bem estar geral da população e
abandonados à sua condição existencial, bem como de
situações de violência familiar, contribuiu para uma crescente
consciencialização pública destes problemas, desencadeando a
criação de inúmeros programas socais com vista ao seu combate
e eliminação.
- em ambos os fenómenos existe um processo complexo de
"construção social do cliente"(Lynn, 1992; Paugam,
1991). O recurso à assistência social pode ser vivido como uma
experiência humilhante, sobretudo, para os "novos
pobres", e equivale aceitar ser catalogado como
"pobre", o que implica assumir um estatuto socialmente
desvalorizado, ser confrontado com o seu próprio insucesso e ter
de dar provas das suas condições de existência vendo, assim, a
sua vida privada transformada em objecto de análise pública. Um
processo análogo ocorre com as vítimas da violência
doméstica. As organizações de apoio e protecção à vítima
ao identificarem, por exemplo, os "menores em risco" ou
as "mulheres batidas" estão a pôr em prática um
processo complexo de etiquetagem, transformando as pessoas em
"clientes". No fundo, trata-se de um processo de
conversão da heterogeneidade das situações e vivências numa
homogeneidade. Há um efeito de imposição da
"etiqueta", por parte dos profissionais que trabalham
com estas realidades, de um estatuto social desvalorizado. Daqui,
pode decorrer ou uma aprendizagem dos papéis e das práticas
associadas ao estatuto social de ser "pobre" ou de ser
"mulher batida", por exemplo, ou uma recusa do
procedimento de designação. Tudo depende da condição social
objectiva do suposto(a) "cliente" e do maior ou menor
grau de dependência da população em situação de precaridade
económica e social.
- a exclusão social gera, a quem a vive, uma multiplicidade de
sentimentos. Há quem a viva de uma forma envergonhada (é a
"pobreza envergonhada" daqueles que são alvo de
processos de mobilidade social descendente ) (Fernandes, 1991),
mas também há quem a ela se tenha "habituado".
Independentemente, destes diferentes posicionamentos, quem cai em
processos de exclusão social, experimenta, sempre, um estatuto
social desvalorizado e humilhante. Mesmo que domine a apatia ou a
acomodação a uma certa "cultura da pobreza"
(Fernandes, 1991), existem com frequência sentimentos de
inferioridade e de impotência, sobretudo para quem nunca a teve
como "horizonte". Esta ambivalência de sentimentos
também é experimentada por quem é vítima de violência
doméstica. Geralmente, esta afecta a auto-estima, produz medo,
sentimentos de culpa e de dúvida. Sentimentos do género
"eu mereço isto" ou "eu não merecia isto"
são frequentes nas pessoas e famílias que vivem estas
experiências.
- Finalmente, gostaria de salientar alguns factores gerais que
podem estar, simultaneamente, presentes em ambos os fenómenos ,
tornando os indivíduos e famílias mais vulneráveis a
situações de exclusão social e de violência doméstica:
condições de habitação deficitárias (insalubridade,
superlotação, alojamento inadequado, etc.); condições de
saúde precárias (deficiente acesso aos serviços de saúde,
irregularidade de cuidados médicos e de estratégias de
prevenção da doença, maior incidência da mortalidade
infantil, menor esperança de vida, etc.); baixos níveis de
escolaridade, maior incidência do abandono escolar, taxa de
analfabetismo mais elevada, ocorrência do insucesso escolar;
existência de desemprego e de precaridade face ao trabalho;
baixos níveis de rendimentos e de qualificação profissional;
incidência da economia informal; maior segregação espacial
(zonas degradadas e periféricas dos centros urbanos) e
consequente isolamento social; frequência de famílias de grande
dimensão com elevada natalidade e de famílias monoparentais;
incidência de comportamentos aditivos (alcoolismo,
toxicodependência); membros da família portadores de doença
mental e de doenças crónicas; elevado nível de conflito na
família e na rede de vizinhança; ausência de equipamentos
colectivos; elevadas taxas de criminalidade e de marginalidade no
contexto social envolvente, etc.
A conjugação destes factores com outros de ordem psico-cultural
tornam alguns tipos de famílias mais susceptíveis a estes
fenómenos, são elas: as famílias numerosas (com um elevado
número de crianças), as famílias monoparentais, as famílias
com membros demasiado jovens ("exclusão juvenil") ou
demasiado idosos. O estudo sobre Os maus Tratos às Crianças em
Portugal (Almeida e Outros, 1997) mostra-nos, precisamente, que
aqueles têm uma grande incidência em meios sociais
desfavorecidos e que a família monoparental (materna e paterna),
a alargada com avós e a recomposta (materna e paterna) têm uma
expressão significativa, sobretudo, em certos tipos de mau
trato. Por exemplo, na família monoparental era frequente o
"abandono", na família recomposta o "abuso
emocional com agressão física", na alargada com avós a
"negligência" (Almeida e Outros, 1997).
4. O estudo da exclusão social e da violência doméstica gera
fortes sentimentos, sobretudo, quando o investigador se depara
com as realidades que ambos implicam. Nenhum factor único pode
explicar a presença ou a ausência destes fenómenos, nem tão
pouco podemos pensar que a violência doméstica está
directamente associada à exclusão social e que esta gera,
consequentemente, violência. Existem situações em que, de
facto, tal sucede, assim, como há inúmeras excepções. Uma
família, por exemplo, que se vê confrontada com uma situação
de desemprego corre o risco de exclusão. Mas o carácter
dialéctico deste conceito remete-nos, igualmente, para as
estratégias de inclusão que entretanto podem ocorrer. Aquele
"risco" pode ser minimizado ou mesmo superado através
do accionamento de um conjunto de solidariedades ao nível da
rede de parentesco, dos amigos e da própria vizinhança,
contribuindo, estes, ora para a manutenção temporária daquele
agregado doméstico, ora mesmo para a obtenção de um novo
emprego fazendo-se accionar todo um conjunto de redes de
conhecimentos e de influência. Mas também, acontece o oposto.
Ou seja, o stress causado pelo desemprego e pela ausência de
rendimentos pode potenciar o nível de conflitualidade na
família conduzindo a comportamentos violentos. Nalguns casos
existe, mesmo, uma relação entre desemprego e ruptura familiar
(Martin, 1996).
A instabilidade familiar e as suas situações de ruptura
(separação e divórcio) podem representar um certo
"risco" de exclusão, não somente pelo
"relativo" empobrecimento que implicam, mas também
pelo isolamento e pela perda de algumas sociabilidades e
solidariedades privadas a que conduzem (Martin, 1996). Destas
situações de ruptura resultaram novos "arranjos"
familiares, como as famílias monoparentais. Nestas famílias, o
trabalho representa um papel central para fazer face a um
empobrecimento tendencial e para evitar a dependência e
isolamento social. No caso das famílias monoparentais maternas,
o trabalho permite à mulher não só uma fonte de rendimento que
lhe proporciona a manutenção do lar e a subsistência dos
filhos, mas também o acesso a relações sociais. Paralelamente,
a rede de parentesco pode desempenhar um papel importante de
protecção, de sociabilidade mas também de integração
contribuindo, pontualmente, no plano financeiro, nas tarefas
quotidianas e no cuidado para com as crianças. As famílias
recompostas constituem um outro cenário possível de saída duma
situação de precaridade económica e social.
No entanto, estas famílias não deixam de ser percebidas como
famílias "anormais", "desviantes" até
porque são reveladoras de processos de inadaptação, com custos
sociais significativos (Martin, 1996). Neste sentido, a ruptura
conjugal/familiar tornou-se num risco de exclusão face aos
comportamentos familiares supostamente "normais". Nesta
linha, podemos pensar o mesmo da "violência
doméstica", a qual surge como expressão de comportamentos
familiares "anómalos" aos modelos familiares
vingentes. Numa época em que o modelo tradicional de família
está em declíneo e cada vez mais se impõe (pelo menos ao
nível das representações sociais) o modelo
modernista/simétrico (Kellerhals e Outros, 1989; Almeida, 1990),
viver numa família com problemas de violência, representa um
"risco social" de "exclusão" dos modelos
familiares normais.
Em suma, a instabilidade familiar não constitui sempre uma fonte
de fragilidade e de "exclusão". Porém, nestas
famílias, é maior a sua vulnerabilidade quer às situações de
ruptura e de violência quer aos factores subjacentes aos
processos de exclusão social. A análise destes fenómenos
passa, pois, por uma compreensão dos processos de fragilização
das famílias e das suas estratégias de inclusão/exclusão. O
significa, também, a necessidade de implementação de serviços
e de programas de prevenção da "violência
doméstica" e da "exclusão social" antes, mesmo,
destes fenómenos se manifestarem.
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