A Modernização
Negociada: Uma Análise das Convenções Colectivas |
A exigência de uma maior
competitividade interempresarial num mercado cada vez mais
internacionalizado, as mudanças na procura de bens e serviços,
as transformações tecnológicas, a reestruturação produtiva são
factores que submetem os sistemas tradicionais de relações
laborais a uma dinâmica acrescida de ajustamento e mudança. As
convenções colectivas negociadas entre os parceiros sociais não
permitem uma apreensão global das transformações em curso.
Para além disso, não dão conta da forma como são apropriadas
pelos actores sociais aquando da sua aplicação nas empresas.
Todavia, as convenções colectivas reflectem a cristalização
das lutas sociais sobre as estratégias de condução da mudança
em matéria de emprego e de condições de trabalho e os
compromissos obtidos entre os actores envolvidos na negociação.
Enfatizando uma análise temática mais qualitativa que
quantitativa do conteúdo das convenções colectivas negociadas
nos últimos anos, esta comunicação examina a natureza das
transformações da relação salarial, ordenada em torno de
quatro eixos principais: a mudança tecnológica, a organização
do trabalho e do tempo de trabalho, a formação profissional e a
gestão de carreiras.
Modernisation Negotiated: An Analysis Of Collective Bargaining Agreements
The major need for inter-firm competitively in an increasingly
international market, changes in demands for products and
services, technological changes, productive restructuring are
factors that have submitted labour relations to an increasing
dynamic of change and adaptation. Collective bargaining
agreements do not permit a total understand of the ongoing
changes. Furthermore, they do not show the manner in which they
appropriated by the social actors when they are applied to the
firms. Although, collective bargaining agreements crystallise the
social struggles as to the strategies leading to changes in terms
of employment and work conditions, and as to commitments made by
the actors involved in the agreement. In this paper, we present
the results of a qualitative study of recent collective
agreements, ordered around four principals: technological change,
work organisation, work time, training and career management.
Maria da Conceição
Cerdeira