Profissões no Passado,
Profissões no Futuro: Personagens Sociais em Tempo de
Transição |
De modo controverso, a sociologia tem analisado a extinção de
profissões e a correlação desta com o desemprego. Ao redor
dessa problemática um debate rico tem aparecido nos últimos
anos, como, por exemplo, se há extinção de postos de trabalho,
ou se o problema somente é de realocação profissional? Se a
mudança tecnológica extingue a categoria de profissionais, então
qual é a trajetória a ser adotada pelos trabalhadores no período
de extinção da profissão? O que diferencia uma profissão de
uma semiprofissão, tendo em vista as mudanças contemporâneas?
Estaria havendo des-profissionalização? Quais são as profissões
extintas, quais as emergentes? Há trabalho para todos que vivem
de vender sua força de trabalho?
O processo de transformação social, transcendente pelo século
XX, resulta em muitas metamorfoses que se refletem na atividade
profissional, e elas imprimem uma velocidade ímpar na extinção
das profissões. A aceleração também é intensa na eliminação
de posições de trabalho. Estes movimentos nem sempre acontecem
no mesmo ritmo e intensidade.
Neste artigo, nós analisamos aspectos teóricos da atividade
profissional num mundo em mutação. Estabelecemos como
pressuposição que a profissão não se exaure por si mesma, não
desaparece por determinações técnicas, mas espelha uma certa
realidade social em movimento. Vivendo em sociedade, buscam a
satisfação de suas necessidades, geram estratégias. Neste
processo desenvolvem-se habilidades, artes e profissões. O
processo é dinâmico: o ato de satisfazer necessidades também
é o de criar outras. Nesta trajetória, homens e coisas que
outrora eram indispensáveis podem tornar-se obsoletos.
O problema da extinção das profissões é abordado a partir das
transmutações que ocorrem no contexto social e não da
tecnologia.
D'une façon controverse, la sociologie a analysé l'extinction
des professions, et sa corrélation avec le chômage. Autour de
cette problématique, un riche débat apparaît, dans les dernières
années, avec des questions de ce type: y-at-il l'extinction de
postes de travail ou il s'agit tout simplement de reallocation
profissionelle? Si la transformation technologique supprime la
catégorie des professionnels, quelle est alors la trajectoire a
être adopté par les travailleurs pendant la période
d'extinction de la profession? Quelle est la différence entre
une profession et une semi-profession, en considérant les
changements contemporains? Y aurait-il une destruction de la
professionalisation? Quelles sont les professions en extinction
et quelles sont celles en émergence? Y-a-t-il du travail pour
tous ceux qui en veulent?
Le procès de transformation sociale, transcendant au XXe siècle,
mène à plusieurs métamorphoses qui se réfléchissent sur
l'activité professionnelle, en impriment une vitesse impaire à
l'extinction des professions. L'accélération est aussi intense
dans la suppression de postes de travail. Ces mouvements ne présentement
pas toujours le même rythme et la même intensité.
Dans cet article, nous analysons les aspects théoriques de
l'activité professionnelle dans un monde en mutation. Nous établissons
comme présupposition que la profession ne se tarit pas elle-même,
ne disparaît pas par des déterminations techniques, mais elle
reflète une certaine réalité sociale en mouvement. En vivant
en société, les gens cherchent la satisfaction de leurs
besoins, produisent des stratégies où sont développés les
habilités, les arts et les professions. C'est un procés
dynamique: l'acte de satisfaire de besoin est aussi celui de créer
d'autres. Dans cette trajectoire, les hommes et les choses, qui
autrefois étaient indispensables, peuvent devenir obsolètes.
Le problème de l'extinction est abordé à partir transmutations
qui se font dans le contexte social et non dans celui de la
technologie.
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