I CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA ECONÓMICA

 

 

 

As redes de cooperação entre empresas



A aplicação do conceito de rede às relações entre empresas e, em geral, à organização das actividades económicas, tomou-se quase um lugar comum.
Qualquer estudo sobre a problemática da cooperação empresarial passou a exigir, assim, a consideração do conceito de rede, ainda que a "voracidade" com que ele é utilizado na literatura sociológica e económica, nos remeta para um mundo muitas vezes conceptualmente impreciso e mesmo desorganizado, onde a rede aparece mais como instrumento aglutinador que serve para captar a complexidade das relações de cooperação entre empresas, do que como uma nova e autónoma forma de cooperação empresarial.
Nesta apresentação, procurar-se-á contribuir para o esclarecimento do conceito e dos diferentes tipos de redes, aplicados às relações inter-empresarias. Como do ponto de vista que aqui nos interessa reter, as redes assentam em fios que ligam diferentes pontos e estes se traduzem em relações contratuais e/ou de participação entre unidades económicas distintas, é importante relacioná-las com as diferentes tipologias da cooperação entre empresas. Por último, a cooperação suscita conflitualidade e é problematizável como em termos de concorrência. Por este motivo, avaliar-se-ão as redes na perspectiva do binómio cooperação versus dependência que elas suscitam.
Para uma ilustração mais pormenorizada do estudo das redes empresariais referem-se alguns estudos de caso desenvolvidos em Portugal, quer de redes constituídas no âmbito do programa do PEDIP 1 ( B1 Divulgação, Promoção e Implementação de Redes de Cooperação, da medida B Promoção, Divulgação e Estudos, do Programa 5 Missões de Produtividade), quer de redes articuladas com grupos económicos.




Maria Manuel Leitão Marques - FEUC - CES


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