O Quotidiano Nas Cidades
Médias - Os Casos De Aveiro E Viseu |
A definição de cidade média
não se baseia apenas em critérios de dimensão populacional,
mas em vários outros critérios que vão desde a sua posição
no ranking nacional, às funções por estas desempenhadas.
Outros autores referem critérios mais subjectivos como o bem
estar social, os modos de vida e os quotidianos dos seus
habitantes por oposição à grande cidade onde estes se
degradaram consideravelmente nos últimos anos).
Um factor que contribui para a afirmação das cidades médias é
o facto de serem reconhecidas como pólos de atracção. As
cidades médias surgem assim como uma alternativa de vida às das
áreas metropolitanas onde as externalidades negativas se
acentuaram com a globalização da economia (desemprego,
exclusão e marginalidade social e degradação da qualidade
ambiental). Outra razão que explica a importância destas
cidades decorre do facto de se terem vindo a afirmar não só em
termos demográficos mas também como centros de actividades, de
inovação e de difusão das especificidades territoriais. Nas
regiões menos desenvolvidas a sua importância reforça-se
porque assumem um papel privilegiado na interligação entre as
redes locais e globais.
Nesta comunicação procuraremos caracterizar os quotidianos das
famílias residentes em duas cidades médias portuguesas - Aveiro
e Viseu. A análise terá como base os resultados dos inquéritos
realizados nestas cidades a partir dos quais caracterizaremos
aspectos como a mobilidade das famílias, as suas práticas
culturais, os seus hábitos de consumo e a imagem que estas
detêm da cidade onde residem.
EDUARDA COSTA
IVA PIRES
TERESA ALVES
CENTRO DE ESTUDOS GEOGRÁFICOS DA
UNIVERSIDADE DE LISBOA
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