Este texto pretende traçar o painel dos principais quadros teóricos de referência que fundamentam a análise sociológica do consumo: a abordagem de Thorstein Veblen - que podemos considerar pioneira - mais tarde desenvolvida por Pierre Bourdieu, onde se considera o consumo, como sendo um acto estratégico de diferenciação e, consequentemente, um campo privilegiado de reprodução social. A perspectiva de Simmel que ao contrário, não enfatiza as estratégias distintivas das classes dominantes, mas as práticas de imitação efectuadas por parte das camadas sociais desprovidas. Por último, a visão de Colin Campbell que se constitui como critica radical das anteriores, uma vez que põe o acento tónico, não na dialéctica distinção/imitação, mas na emergência dos valores individualistas e no hedonismo moderno que segundo o autor, serão as principais características das sociedades "pós - modernas".