Investigação

Projecto Regresso ao futuro

Regresso ao futuro: a nova emigração e a relação com a sociedade portuguesa - REMIGR

Equipa: João Peixoto (Investigador Responsável), Isabel Maria Brandão Tiago de Oliveira, Joana Azevedo, Jorge Malheiros, José Carlos Laranjo Marques, Paulo Miguel Madeira, Pedro Gois (Investigadores) e 2 Bolseiros de Investigação
Financiamento: FCT
Instituição Proponente: SOCIUS/ISEG-UL
Instituições Participantes: CES, UC, IGOT e ISCTE-IUL
Referência: PTDC /ATP-DEM/5152/2012
Calendarização prevista: 01-06-2013 a 01-06-2015
Palavras-chave: Emigração, Mobilidade, Demografia, Transnacionalismo
URL: www.remigr.pt

Sumário:

Este projeto procura compreender a dimensão e características dos novos movimentos de emigração portuguesa, tendo sobretudo em conta as relações que os novos emigrantes mantêm com o país de origem. De forma a melhor operacionalizar a investigação, algumas restrições serão adotadas. No plano empírico, serão considerados apenas os fluxos ocorridos na última década (depois da viragem do século) e aprofundadas duas das suas modalidades mais exemplares, a mobilidade de jovens qualificados (detentores de diploma superior) e a de trabalhadores manuais pouco qualificados, no contexto de alguns países de destino. Será assim efetuado um levantamento exaustivo dos principais dados estatísticos disponíveis, quer a partir de Portugal, quer dos países de destino, e estudados em profundidade aqueles dois tipos de emigrantes em países que se destacaram como recetores nos últimos anos. Os destinos escolhidos foram França e Reino Unido, na União Europeia, e Angola e Brasil, fora da Europa, uma combinação necessária para contemplar as dinâmicas migratórias contemporâneas.

Entre as principais questões a esclarecer neste projeto encontra-se o caminho a seguir após a atual encruzilhada que Portugal atravessa. Serão os novos movimentos de emigração fortemente dependentes da conjuntura, vindo a desacelerar após a recuperação económica do país, cedendo então a um novo predomínio da imigração? Serão um movimento de novo tipo, criando novas formas de transnacionalismo, a partir do qual a existência de duplas residências e de duplas atividades não coloca em causa as lealdades e interesses económicos no país? Ou serão um indicador da perda de espessura da sociedade portuguesa, que pode vir a perder muitas das suas elites e força de trabalho, acentuando o seu estatuto periférico na Europa?